
ARPER

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A SORTE QUE ME TEM
Exposição de retratos selecionados por sorteio
Nesta exposição, o acaso assume o papel de curador.
As pessoas retratadas aqui não foram escolhidas por critérios de fama, trajetória ou mérito artístico.
Foram sorteadas.
Por isso, não estão aqui porque alguém as escolheu, mas porque a sorte as quis - ou talvez, porque elas tiveram a sorte de serem “tidas”.
“A SORTE QUE ME TEM” propõe uma inversão sutil e provocativa, não é o artista quem tem sorte em retratar, mas a sorte é quem possui, escolhe e molda toda a exposição.
Cada retrato exposto é resultado de um encontro aleatório entre o desejo de representar e o acaso da escolha.
E o retratado, que poderia ser qualquer um, torna-se singular pela simples força da presença.
Neste jogo entre destino e visibilidade, a exposição questiona: Quem costuma ser representado na arte? Quem merece ter sua imagem fixada na parede? Quem tem notoriedade? E se a visibilidade não fosse uma escolha, mas um acaso - o que mudaria?
Ao deslocar o processo seletivo para o sorteio, abrimos espaço para a adversidade real, para rostos que talvez nunca estivessem aqui se não fosse o imprevisto.
A arte, nesse gesto, se oferece como espelho do possível, e o retrato volta a ser o que sempre foi, um testemunho da existência.
A SORTE QUE ME TEM é, no fim, uma exposição sobre o encontro, entre artista e modelo, entre arte e acaso, sobre quem olha e quem é olhado.
Em um breve resumo final, tudo se encaixa entre destino e casualidade.
E nessa união entre tintas, pincéis, telas e pessoas, o resultado são retratos, que somados materializam A SORTE QUE ME TEM.